Publicado em: 22/08/2023
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Festas de Agosto: uma ode ao viver

Movimento sociocultural de quase 200 anos desfilou pelas ruas de Montes Claros com novas razões para celebrar suas tradições, saberes e fazeres

Onde falam em cultura popular no norte de Minas, ouve-se grupos de congado. Em plena era digital, escuta-se – em alto e bom som, diga-se de passagem – sobre catopês, marujos e caboclinhos. O tempo passa junto às novas tecnologias, o mundo vai se tornando mais virtual, mas algumas tradições insistem em sobreviver a cada geração. E vão além: as “Festas de Agosto”, com seus saberes e fazeres datados desde 1839, enfeitaram uma vez mais as ruas de Montes Claros-MG na última semana, entre os dias 15 e 20 de agosto, trazendo boas novas. Nos instrumentos, uniformes e adereços. No sorriso de quem se dedica de corpo e alma, ano após ano, pela festa tradicional.

“Foi uma Festa de Agosto extraordinária, que entrou para a história”, disse o Mestre Zanza Junio em meio a fitas coloridas, penachos, cantos, pandeiros e ritmos de tambores das três guardas. O pai de Junio, Mestre Zanza, foi um dos principais líderes das manifestações folclóricas do município. “Nossa Associação agradece ao MPMG e à Plataforma Semente pela colaboração ao proporcionar os instrumentos e adereços, equipando esses seis grupos com vestimentas novas e abrilhantando os festejos”, completou.

A Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros é composta por três grupos de catopês, dois de marujos e um de caboclinhos. Quem corroborou o relato de Zanza Junio foi a Mestra desses últimos, Cacicona Socorro. “Com os recursos recebidos via Semente para os instrumentos, o som evoluiu. E a melhora do som acompanhou a voz de todos. Além disso, ouvi muitos elogios sobre os novos uniformes dos caboclinhos”, comemorou.

Cacicona exemplificou ainda que, antes do projeto “Fomento às culturas populares dos Catopês, Marujos e Caboclinhos – Tradições, Saberes e Fazeres” ser recebido pela Plataforma e posteriormente contemplado com recursos de medidas compensatórias ambientais, havia pouca ou nenhuma padronização nos “pés”. Segundo ela, cada um desfilava à sua maneira, com o próprio sapato, tênis ou chinelo. E, agora, os caboclinhos mantiveram um padrão com o uso das sandálias, valorizando as apresentações.

Para mais informações sobre o projeto, CLIQUE AQUI.

Patrimônio material e imaterial

Cada uma das três guardas que compõem as Festas de Agosto – Catopês, Marujos e Caboclinhos – representam uma ancestralidade e religião. Os Catopês homenageiam os negros na formação do povo brasileiro, revivendo a memória e o imaginário congadeiro. Os Marujos, por sua vez, exaltam os marinheiros portugueses e os princípios do catolicismo. Eles usam vestimentas com as cores azul, representando os cristãos, e vermelho, lembrando os mouros.

Já os Caboclinhos retratam a figura do índio brasileiro. Seus trajes simbolizam as vestimentas indígenas, com enfeites de penas acopladas às roupas vermelhas. A miscelânia de cores, instrumentos, indumentárias, cantos e rezas se unem à devoção da fé: Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Divino Espírito Santo são homenageados durantes às visitas às casas e igrejas, em uma cidade dedicada também à arte e à cultura.

Semente

Plataforma Semente é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMais, para recebimento de projetos de relevância socioambiental apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público, com a utilização de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o estado.

 Mestre Zanza Junio e a coordenadora do Semente, Renata Fonseca.

Nos links dos "Arquivos" abaixo, confira outras fotos e vídeos do evento:

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