Publicado em: 04/07/2024
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Projeto “Hãmhi - Terra Viva” completa um ano: confira antes e depois

Paisagens dos territórios indígenas situados ao norte do estado vão se transformando na medida em que o projeto avança com novas áreas de plantio

Ações de educação ambiental, mais de 50 hectares (ha) de áreas de reflorestamento e 30 ha de quintais agroflorestais, as primeiras colheitas de orgânicos. Isso em cerca de 7 meses de plantio, com a formação de 30 agentes Tikmu’un – Maxakali e 16 viveiristas do povo indígena. Pouco mais de um ano após o início do projeto “Hãmhi - Terra Viva” pelo Instituto Opaoká em 1º de junho de 2023, depois de contemplação via Plataforma Semente, bananeiras e outras plantas cultivadas transformam gradativamente as paisagens antes degradadas pelo desmatamento dos territórios indígenas dos maxakalis.

Essas terras estão situadas na região dos Vales do Mucuri, Rio Doce e Jequitinhonha, onde fazem parte 18 das 20 cidades mais afetadas no país pelo aumento do calor no ano passado - o levantamento é do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Com uma população estimada em 2.850 indivíduos, o Povo Maxakali está distribuído entre as aldeias Água Boa, Pradinho, Verde, Cachoeirinha e Escola Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni. Com o processo de formação dos 30 agentes Tikmu’un, a proposta passa pela implementação e manejo dos quintais agroflorestais, além da recomposição de até 300 ha de território.

Os plantios de grãos e de árvores nativas e frutíferas promovem sombras, protegem os rios e recuperam a umidade do solo, ajudando no combate ao aquecimento da temperatura. Cada agente agroflorestal recebe um kit de equipamentos agrícolas, bem como mudas e insumos para o plantio. Desde o último ano, foram ativados três grandes viveiros-escola, 26 viveiros individuais, planos de gestão ambiental e territorial bilíngues, rede de coletores de sementes, colheitas diversas de alimentos, seminários, cursos práticos e intercâmbios, entre outras atividades relacionadas ao projeto do Opaoká.

Hoje, cada grande viveiro abriga mais de 12 mil mudas de espécies nativas. Na aldeia Cachoeirinha, a uma hora de Teófilo Otoni, há a presença de um curso d’água separado por uma cerca de arame farpado, além de uma barragem com estrutura comprometida – segue o desafio de viabilizar a retirada da água para consumo próprio e irrigação, por exemplo, com o possível envolvimento técnico de outras instituições.

Diante do histórico de destruição das matas, assoreamento dos rios e implantação de culturas extensivas, os Tikmu’un e suas crianças, povo falante da língua Maxakali (classificada no tronco linguístico Macro-Jê, por isso são chamados assim), sobrevivem e resistem. Junto às suas tradicionais viagens pelas regiões ancestrais, onde inventariam o que seus parentes ensinaram: cantos, danças, léxicos, histórias e um vasto conhecimento sobre a fauna e a flora.

Semente

Em 2023, a inovadora proposta foi contemplada via Plataforma Semente, uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMAIS.


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O projeto também foi citado na edição de julho da Revista Piauí. CLIQUE e saiba mais.

 

Texto: Lucas Rodrigues | Plataforma Semente

Fotos: Júlia Guedes e Breno Terra | Hãmhi - Terra Viva

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