Publicado em: 25/08/2023
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Serra da Moeda é cenário de conscientização ambiental para jovens

Nessa segunda-feira (21/08), equipe do Semente visitou a Casa do Guru, a cerca de 60 km de BH, onde atividades ligadas ao meio ambiente e práticas de ioga inspiram jovens de Moeda

Aliar a teoria à prática. As percepções subjetivas às objetivas, na relação com o meio ambiente ao nosso redor. No caso do projeto “Ecologia de saberes e o protagonismo juvenil em Moeda”, recebido via Plataforma Semente e contemplado por meio de medidas compensatórias ambientais no último mês de março, o entorno é a Serra da Moeda. Onde 20 jovens da escola pública estadual cresceram, vivem e compartilharam suas experiências com a equipe da plataforma nessa segunda-feira (21/08).

“A partir do entendimento de que esse meio ambiente faz parte de uma experiência interna, subjetiva, não há como desassociá-lo do nosso processo de conscientização. E, ao mesmo tempo, esses jovens são questionados a lidarem com questões muito práticas, como o cuidado com a Serra em si, com os empreendimentos minerários que nos cercam, com o lixo da cidade, e assim sucessivamente”, resume Lucas Procópio, ou simplesmente Krishna, como é chamado pelos alunos selecionados.

Krishna ajuda na condução de atividades autossustentáveis junto aos proponentes do projeto e coordenadores do Satyananda Yoga Center / Casa do Guru, Gangadhara Saraswati (Alcione Ramos) e Aghorananda Saraswati (Sérgio Clark). Ele, que também é professor de Educação Física da Escola Estadual Senador Melo Viana, foi responsável pelas inscrições dos jovens mais identificados à proposta, que o procuraram diretamente.

A iniciativa dá continuidade a um projeto de iniciação científica anterior, em que cinco dos 20 participantes atuais, a maioria entre 16 e 18 anos, decidiram prosseguir. Na presente etapa, a ideia era que fosse um grupo coeso, em termos de parceria e viabilidade. A estudante Júlia Lucindo representa uma das primeiras jovens a fazerem parte do projeto e destaca mudanças positivas na evolução do mesmo: “Hoje dedico outro olhar à natureza, em relação à preservação da Serra da Moeda e sua importância cultural local. Esse processo de conscientização, com a introdução de técnicas de ioga, traz outra percepção na hora de lidar com as situações do cotidiano, então é algo que levo para a minha vida”.

Aprimoramento das atividades

Um dos proponentes, Aghorananda Saraswati, revela que antes do Semente já havia uma ação prática na Casa do Guru, onde os jovens eram desafiados a levarem uma vida integrativa. Por outro lado, existia também o desejo de aprimorar suas atividades de uma maneira mais assertiva. “Com a plataforma, pudemos entender melhor a dimensão do nosso projeto e como aprimorá-lo aos jovens. A partir da forma como ela exige que o façamos, buscamos concretizar as nossas ideias e desejos, viabilizando-o com mais maturidade ao mesmo tempo em que enxergamos nele um futuro mais promissor”, ressalta.

Em outras palavras, ele pondera que suas ideias, ligadas ao contato direto com o meio ambiente, eram menos concentradas em uma espécie de narrativa, e que as próprias exigências de orçamento foram fundamentais nessa melhor organização.

Interface da ecologia

Nessa segunda-feira, em meio às discussões acerca da conscientização ambiental e dos cuidados ecológicos, Gangadhara Saraswati convocou os alunos a uma breve caminhada por trilhas ao pé da Serra, com destino às margens de águas rasas. Na beira do rio, após tanta conversa animada e o comando da instrutora, o grupo sentou-se acompanhado da equipe do Semente. O silêncio reinou finalmente, ainda assim entrecortado pelo barulhinho leve da água corrente. Enquanto o grupo foi se acalmando, cada jovem recebeu a orientação para colocar a palma de uma mão acima da outra e fechar os olhos.

Nessa hora, o aviso da água de ir sempre em frente recebeu a companhia de outras duas vozes: o piar incessante de um pássaro e a dúvida sincera de um dos alunos, sobre qual mão – a esquerda ou direita – deveria sobrepor a outra. O estudante ouviu o devido direcionamento e seguiu concentrado na técnica de respiração, assim como os demais colegas. O silêncio do grupo se tornou, então, o da natureza.

De acordo com Gangadhara, o objetivo da atividade era o de conectar a energia vital à natureza, na compreensão do que cada um pode oferecer ao outro. “A respiração tem essa capacidade de nos fazer transitar entre os meios interno e externo, por isso recorremos a práticas que façam essa interface da ecologia, natureza e ioga, pontua.

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Semente

Plataforma Semente é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMAIS, para recebimento de projetos de relevância socioambiental apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público, com a utilização de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o estado.

 

Texto e fotos: Lucas Rodrigues

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