Considerada um dos templos religiosos mais antigos de Minas Gerais, igreja matriz de Matias Cardoso encontra-se interditada por apresentar riscos importantes aos frequentadores
Em 1954, na função de Chefe da Seção de História do então Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o eterno Carlos Drummond de Andrade escreveu sobre a Igreja da Conceição, em Matias Cardoso: “lembra ao vivo a fase de desbravamento e povoamento da região por paulistas e baianos, ainda ao findar do século XVII”. Drummond afirmara ainda que “sua ancianidade incontestável (um dos templos mais antigos de Minas) e sua vinculação a esse período da formação nacional conferem-lhe evidente interesse histórico, estendido ainda às características arquitetônicas”.
Secundado por Lúcio Costa, o parecer seguiu para o dr. Rodrigo Melo Franco de Andrade, que determinou o tombamento da edificação naquele mesmo ano. Em tal ocasião, assim como na presente, o relevante bem se encontrava em situação lamentável, sendo reivindicada sua restituição, em condições apropriadas de conservação e utilização, à comunidade local. As intervenções pretendidas amparam-se na necessidade de valorização do patrimônio arquitetônico nacional e das manifestações sociais representadas pela preservação das heranças culturais em geral.
Atualmente, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição está interditada devido aos riscos apresentados, demandando intervenções em caráter emergencial: há inadequações infraestruturais e deficiências na estanqueidade de coberturas, além de patologias existentes que impactam diretamente o desempenho da edificação e, consequentemente, as práticas religiosas que ali têm lugar.
Com esta proposta objetiva-se, portanto, sanar as patologias presentes na cobertura da igreja, com a melhoria das instalações elétricas, implementação de sistema de proteção contra descargas atmosféricas e tratamento de superfícies parietais lisas. Também, a recuperação de revestimentos e suas estruturas. Esse projeto foi contemplado em cumprimento do parágrafo segundo da Cláusula Segunda do Termo de Compromisso celebrado no IC nº 110 0027.23.000877-6.
Semente
A Plataforma Semente é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMAIS, para recebimento de projetos sociais. A partir de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o Estado, eles podem ser apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público. No Instagram, siga @novosemente.
Proponente: Joaquim Artes e Ofícios
Data de Início: 09 de fevereiro de 2024
Município de Execução: Matias Cardoso
Orçamento do Projeto: R$ 2.184.000,00
Período de Execução: 16 meses
Status: Em andamento
Relatório de visita da equipe técnica para acompanhamento do projeto, em 29/04/24.
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