Publicado em: 21/02/2025
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Casinha Velha é reaberta à comunidade de Belo Vale

Primeira entrega do Programa Minas Para Sempre em 2025, espaço vai servir como centro de referência cultural para grupos de Congado em Vargem de Santana, povoado do município mineiro

 

O patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais viveu um momento de destaque nesta semana, com a entrega da Casinha Velha à comunidade de Vargem de Santana, em Belo Vale. Depois de pouco mais de um ano de obras, o projeto "Restauração da Casinha Velha", contemplado via Semente, contou com a entrega do bem nessa quinta-feira (20/02), representando a primeira conclusão de proposta do Programa Minas Para Sempre em 2025.

Construída no final do século XIX e associada à antiga rota comercial do Vale do Paraopeba, a Casinha Velha foi restaurada de forma minuciosa pelo Instituto Joaquim Artes e Ofícios, com recursos advindos de medidas compensatórias ambientais destinadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A proposta para recuperar o espaço contou com orçamento aproximado de R$ 1.270.000,00. E a casa, a partir de agora, passa a servir como centro de referência cultural ao povoado de Vargem de Santana e ao município de Belo Vale, especialmente aos grupos de Congado da região.

O evento que marcou a entrega à comunidade contou com as duas Guardas de Moçambique que representam o Congado na cidade: a Associação do Congado Nossa Senhora do Rosário de Vargem de Santana e a Associação de Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário de Belo Vale. Os grupos começaram a se apresentar no final da tarde, sob o pôr do sol, levando a música tradicional e a fé à Capela de Nossa Senhora da Conceição de Vargem de Santana, logo à frente da Casinha.

A capela foi o palco do evento solene que marcou a entrega do projeto, com a presença de autoridades como o prefeito José Lapa dos Santos, a secretária municipal de Cultura, Grasiele Regina Ribeiro, o Promotor de Justiça da Comarca de Belo Vale, Mateus Beghini, além da coordenadora do Semente, Anna Beatriz Otoni, e do diretor-presidente do Joaquim Artes e Ofícios, José Theobaldo Júnior, entre outras.

Importância material e imaterial

Anna Beatriz Otoni destacou a importância cultural do espaço e a relevância do Congado para o patrimônio cultural: "Como mulher preta, neta de congadeiro, ver este povo falando me deixa muito emocionada por estar aqui, exercendo um trabalho tão bonito e relevante na manutenção da cultura, do nosso patrimônio material e imaterial". Já o promotor de justiça Mateus Beghini abordou a relação entre a comunidade e locais específicos como a Casinha Velha. "O nome pode ser 'casinha', mas é um mundo para a comunidade. E é muito bom ter a oportunidade de conhecer este mundo de vocês", pontuou.

Atualmente na 3ª fase, o Programa Minas Para Sempre já contemplou 36 equipamentos públicos em 25 municípios de Minas Gerais, com a destinação de mais de R$ 53 milhões de medidas compensatórias ambientais para atividades de restauro e preservação do patrimônio cultural no Estado. O programa é viabilizado por meio do Semente, o núcleo de incentivo a projetos socioambientais do MPMG.


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Texto e fotos: Francisco Luz/Semente

Edição: Lucas Rodrigues/Semente

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