Primeira edição do RMC como Congresso foi realizada no campus da UFMG e contou com palestras, mesas de discussão e workshops referentes à fauna brasileira
O campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu, entre os dias 18 e 21 de novembro, o I Congresso e IV Workshop de Reabilitação, Monitoramento e Conservação (RMC) da Fauna Silvestre. O RMC trouxe a Belo Horizonte especialistas de todo o Brasil para falar sobre os desafios e realizações referentes ao assunto e proporcionou diversas palestras, minicursos e workshops. Com a presença de acadêmicos e estudantes da universidade, além de representantes de instituições do terceiro setor ligados à causa animal, o evento recebeu apoio do Semente e foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Waita junto ao Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Fauna Silvestre (PPG-ECMVS) da UFMG.
Durante a semana, o I RMC revelou a importância das atividades desenvolvidas por entidades dedicadas ao meio-ambiente. Presente na mesa de abertura do Congresso, a coordenadora do Semente, Anna Beatriz Otoni, relacionou o trabalho realizado pela plataforma à proposta do evento: "O Semente é um grande parceiro de entidades do terceiro setor que querem fortalecer o meio-ambiente. Acredito no trabalho da intersetorialidade, e a plataforma permite que os recursos provenientes de danos ambientais retornem à sociedade de forma efetiva", disse Anna.
No dia inaugural (18), o RMC teve palestras voltadas à reintrodução de espécies ameaçadas e extintas na natureza, com especialistas do Brasil, Argentina e Estados Unidos. A terça-feira (19) contou com temáticas que versaram desde a educação ambiental até questões legais envolvendo o meio-ambiente. Entre as palestrantes, a promotora de justiça e coordenadora da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais do Ministério Público de Minas Gerais (CEDA/MPMG), Luciana Imaculada de Paula, falou sobre as repercussões jurídicas do tráfico de animais.
Um dos destaques da palestra foi a confirmação de que diversas quadrilhas envolvidas com a fauna também atuam em outros meios, como o tráfico de drogas e armas, e por isso a legislação que trata do tema precisa ser mais rígida contra traficantes de animais. Também no segundo dia, houve a apresentação de trabalhos acadêmicos e novas rodas de conversa sobre a fauna brasileira. Já na quarta (20), houve novos espaços de discussão focados na reabilitação, monitoramento e combate ao tráfico de silvestres, como o resgate e soltura de lobos-guarás. Por fim, o encerramento na quinta (21) contou com minicursos e workshops, entre eles, a "Fotografia para a Conservação" com o fotógrafo João Marcos Rosa.
No total, foram mais de 40 horas de atividades, e todo o valor arrecadado com a realização do RMC será destinado aos projetos de conservação conduzidos pelo Waita. Atualmente, o Instituto executa quatro projetos contemplados via Semente - são eles: Bicudos, Bicho Solto, Estoques Pesqueiros e Populações Riberinhos e SOS Silvestres.
Sobre o Semente
O Semente é hoje o maior banco de projetos socioambientais de Minas Gerais. Iniciativa do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA) do MPMG, em parceria com o CeMAIS, a plataforma virtual conta com amplo acesso em todo o Estado e recebe propostas de instituições do terceiro setor. No Instagram: @novosemente.
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